segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Alfabetização - Um Processo De Integração 

Discussão Sobre O Uso Da Letra Cursiva

Refere-se a parte da monografia de conclusão do curso de especialização em linguagem,  Prof.ª: Márcia Regina Schweling Scala. CEFAC - Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica. 

“...Tomando por base a experiência de quatro educadores de três escolas diferentes que adotam a filosofia do sócio-construtivismo com experiência em alfabetização , e que iniciam as crianças no uso de letra cursiva em fases diferentes do processo de alfabetização , procuro na literatura o que justifique o uso , as vantagens e desvantagens em qualquer uma dessas fases , citadas pelos educadores .

Além disso, foram analisadas as produções gráficas de cinquenta e três crianças de dois a seis anos , cursando o período pré-escolar que vai do maternal ao pré II , a fim de atualizar os dados referentes à evolução do grafismo e ,ainda , mais dez crianças cursando a primeira série. As crianças consideradas estão numa faixa etária de dois a sete anos e seis meses , não apresentam déficit cognitivo , alterações psicoemocionais, problemas de aprendizagem e nem problemas de desenvolvimento ou de integridade neuromotora .

O objetivo básico ao consultar os educadores foi tentar entender o que ocorria nos diferentes grupos . Em um a letra cursiva era introduzida no jardim, em outro no pré e no último na primeira série. Considerando-se as diferentes fases de um mesmo processo, existiria um momento que fosse mais adequado para processar a transferência?

O objetivo básico ao consultar os educadores foi tentar entender o que ocorria nos diferentes grupos . Em um a letra cursiva era introduzida no jardim, em outro no pré(1.º ano) e no último na primeira série(segundo ano). Considerando-se as diferentes fases de um mesmo processo , existiria um momento que fosse mais adequado para processar a transferência ?

Diante de alguns questionamentos por parte de orientadores escolares e da necessidade de encontrar respostas mais precisas acerca do desenvolvimento do grafismo, do uso da letra cursiva e de muitas outras questões referentes à alfabetização interessei-me por avaliar o uso da referida letra nas escolas ditas sócio-construtivistas. Ao questionar educadores a respeito de sua introdução e uso, obtinha as mais inusitadas respostas. De acordo com a escola, o professor introduz a referida letra em diferenciadas fases do processo. Os profissionais que introduzem mais tardiamente alegam que existe complexidade no traçado, que devemos respeitar o desenvolvimento visual e motor , levantando ainda a dificuldade imposta mediante o domínio de relações de tamanho (maiúscula e minúscula) bem como , a irregularidade diante do uso da linha (nem sempre permanecem sobre a linha) . Os que introduzem o uso mais precocemente alegam, que nós é que temos algumas visões pré-concebidas sobre o que possa causar dificuldades para a criança; que elas apresentam grande capacidade para lidar com signos e têm especial motivação por fazer uso da mesma forma de escrita utilizada pelos pais .

Para minha surpresa, nenhum profissional consultado fez menção quanto ao fato de estarmos diante do processo conceitual que é a leitura e a escrita, sendo, portanto, mais importante que a criança entenda o valor, a função e as características deste objeto cultural (Contini Jr, ) do que a forma (tipo de letra) que ela possa vir a assumir . Portanto , parece existir uma outra importante e real questão que é a distância entre a teoria e a prática educacional. 

Ao considerar a escrita como uma capacidade de representar idéias com formas gráficas e a letra como um recurso instrumental da leitura e da escrita, acredito que a passagem da letra Bastão para a letra cursiva deve fundamentar-se:

1-) Nas supostas habilidades cognitivas que permitem à criança lidar com muitos signos, apresentados segundo uma única forma desde as fases iniciais do processo de alfabetização . Deve ser primeiro enfatizar o completo conhecimento dos mecanismos envolvidos na leitura e na escrita para, finalmente , efetuar a transcodificação para a cursiva ;

2-) Que devemos fazer diferenciação do processo de escrita enquanto processo conceitual de um processo de escrita motora , podendo estimular o uso de ambas as formas desde que o contexto o possibilite e que este de uso fique claro para o educador e para criança ;

3-) O uso da letra bastão pode ser estendido até a fase de elaboração de narrativas , pela simplicidade que oferece. A transferência de uso de letra pode implicar em perda temporária na velocidade de codificação com algumas quebras no conteúdo das narrativas mas , são alterações rapidamente superadas pela criança. Dessa forma, se a criança atingir o completo conhecimento dos mecanismos da leitura e da escrita no período pré-escolar, a partir de então, a transferência torna-se viável. Se tal fato ocorrer no primeira série, o mesmo procedimento de transferência deve ser adotado.

Pelo que foi exposto , finalizo , concluindo que a criança percorre um longo caminho na construção da escrita até compreender o seu uso, sua função, suas características. Assim, muito embora fique evidenciado que é muito melhor que a letra cursiva seja introduzida após a fase em que a criança já compreendeu o sistema de escrita e, portanto atingiu, no mínimo, um nível alfabético, pois em fases anteriores lida com muitas questões conceituais e situa-se em diferenciadas fases de desenvolvimento cognitivo que lhe dificultariam lidar com signos múltiplos não podemos descartar a possibilidade de um trabalho em grupo existir a emergência do interesse pelo uso da referida letra em fases anteriores, pois, de acordo com Ferreiro, as crianças não passam por esse processo de forma isolada, e, a atividade grupal gera a possibilidade de socialização do conhecimento. Ocorre, no entanto, que o efeito desse estímulo pode surtir impactos diferenciados nos esquemas de assimilação das crianças, fazendo com que cada uma possa interpretar e assimilar de maneiras diferenciadas. Nessa etapa entra a influência do meio de modo a reforçar ou não o seu uso. “Concluindo, existem parâmetros evolutivos de grafismo, de desenvolvimento cognitivo, de níveis conceituais que indicam uma fase mais apropriada para lidar com os caracteres gráficos, mas não deve ser nunca esquecido o contexto de uma forma mais global.”



Conclusão: Caberá a cada educador ler, pesquisar e decidir junto às experiências em classe quando e qual o modo mais adequado de agir na passagem da letra bastão para a cursiva, ressaltando que uma vez decidido, esta transição deverá ser realizada com responsabilidade e planejamento adequado atendendo à diversidade da sala de aula.  

Um comentário:

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